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Consulta na tela
30 de outubro de 2020
Com a pandemia de Covid-19 vieram novos desafios, mas também novas oportunidades. As restrições de deslocamentos e necessidade de isolamento social testaram e popularizam uma opção que antes não era considerada por muitos beneficiários e médicos, a telemedicina. Existe um cenário pré e pós-pandemia para essa modalidade de atendimento no país. A superintendente comercial da SulAmérica, Ester Teixeira, comenta um pouco sobre o assunto nessa entrevista.
Qual era o cenário da telemedicina no Brasil antes da pandemia?
Pré-coronavírus, a telemedicina era uma prática restrita, permitida apenas em casos específicos e emergenciais, como na discussão de casos entre médicos, emissão de laudos a distância e na prestação de suporte diagnóstico ou terapêutico. Com o agravamento da crise da Covid-19, a telemedicina foi regulamentada pelo Governo Federal em caráter temporário. A Portaria 467, instituída em março, liberou o serviço de teleconsulta, ou seja, o atendimento remoto do médico diretamente ao paciente, uma iniciativa que se mostrou muito importante para reduzir as barreiras de acesso aos profissionais de saúde impostas pelo distanciamento social.
Como a pandemia afetou na procura e aceitação dos segurados pelos serviços remotos de medicina, por meio de telas?
O serviço foi muito bem aceito pelos beneficiários dos planos de saúde de forma geral. Só dentro do universo de clientes SulAmérica, vimos os números de atendimentos via teleconsulta dispararem de 500 em fevereiro para mais de 400 mil de março a outubro. Além desse crescimento bastante robusto, conseguimos manter a boa avaliação dos nossos clientes. Segundo nosso índice de satisfação, o Saúde na Tela é aprovado por 9 em cada 10 beneficiários que fizerem uso do serviço.
A telemedicina veio para ficar? Quais as perspectivas e avanços que o setor vê para o futuro?
Defendemos a regulamentação definitiva da telemedicina. Primeiramente, a modalidade provou-se eficiente durante a pandemia e seu objetivo não é substituir as consultas presenciais e, sim, fazer uso das teleconsultas de forma complementar, como em um retorno médico ou uma consulta inicial de avaliação. A tendência é que a boa experiência faça o cliente voltar a solicitar atendimento a distância futuramente.
Para que a telemedicina siga crescendo, continuaremos investindo em tecnologia, inovação e treinamento de médicos para que possam realizar o melhor atendimento remoto para seus pacientes.