seguro de automóvel
O melhor seguro para o seu automóvel

O melhor seguro para o seu automóvel

O melhor seguro para o seu automóvel

Proteger um bem é muito importante, uma vez que imprevistos podem acontecer. Para quem tem carro, o seguro é essencial, oferecendo garantias contra roubo e furto, por exemplo, além de segurança e economia. Para falar sobre o assunto, o cenário do setor na pandemia e dar dicas de como contratar um seguro adequado ao seu carro, sem cair na armadilha da “proteção veicular”, entrevistamos o diretor de Administração e Finanças da Banestes Seguros, afiliada ao SindSeg RJ/ES, Rômulo Costa.

Como escolher o melhor seguro de automóvel?
Antes de escolher um seguro, é importante manter contato com um corretor porque tudo começa com a intermediação desse profissional, responsável por apresentar ao cliente as propostas de diversas seguradoras. É ele quem vai explicar as vantagens e desvantagens de cada proposta e traduzir os termos técnicos (que são muitos!) utilizados na transação. Portanto, a dica é: escolha um profissional capacitado em quem você confie e que possa transmitir com clareza as condições do seguro que você está contratando.

Quais são os principais pontos a que os consumidores devem estar atentos na hora de contratar um seguro de automóvel?

A primeira noção que o cliente deve ter em mente é ser bem específico ao indicar a utilização do veículo em seu dia a dia: se usa para ir ao trabalho, estudar, viajar, ou se outro motorista menor de 25 anos também faz uso do veículo. Essas características de utilização impactam diretamente no cálculo do preço do seguro, e não podem ser omitidas na hora de contratar porque o princípio da boa-fé é o que rege a relação segurado-seguradora. Se acontece um acidente e o evento está em desacordo com o perfil informado no momento da contratação do seguro, o segurado perderá o direito à indenização.

Outro ponto importante é avaliar o custo-benefício dos itens opcionais ofertados informados pelo corretor na hora da contratação, como, por exemplo, carro-reserva, guincho ilimitado, serviços emergenciais para a residência, cobertura de vidros, etc. Muitas vezes, tentando reduzir o valor do seguro, o cliente abre mão desses benefícios opcionais, mas acaba se arrependendo lá na frente, quando percebe que sai muito caro arcar com essas despesas, além da inconveniência de procurar, por conta própria, os prestadores desses serviços.

Nesse sentido, o valor da franquia também merece atenção. Franquias com valores mais baixos elevam o preço de contratação do seguro, mas são um alívio para o cliente quando acontece um acidente. Então, o cliente deve avaliar: “Será que vale a pena pagar um pouco menos agora, mas num momento atribulado, como é o de um acidente, desembolsar uma quantia maior para reparar o dano?”.

O seguro de automóvel pode ficar mais barato e até ganhar novos formatos por conta da pandemia?
Em princípio não. Na realidade, outros fatores interferem no cálculo do preço do seguro de automóvel. De forma geral, podemos citar: o índice de ocorrências do evento que se quer segurar – roubo, por exemplo, a região de circulação predominante do veículo, a utilização ou não de garagem coberta, entre outros fatores relacionados ao perfil de quem contrata.

Agora, se por ocasião da pandemia o cliente tem alteração no seu perfil como, por exemplo: deixa de utilizar o veículo para trabalhar por conta do home office. Aí sim, na hora de renovar o contrato, poderá haver uma redução no preço.

Qual é a diferença entre seguro e “proteção veicular”?
Para começar, é preciso deixar claro que “proteção veicular” não é seguro, pois é comercializada sem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia que regula a atividade das seguradoras. Na prática, isso significa adquirir uma promessa de prestação de serviço financeiro sem qualquer respaldo em normas do órgão regulador governamental responsável e, principalmente, não constituir fundo destinado a garantir ao associado o pagamento das indenizações que estatisticamente sempre ocorrerão. Ou seja, a qualquer momento, essas empresas podem perder a capacidade de arcar com seus compromissos. Além disso, a precificação da “proteção veicular” é realizada de forma simplista e temerária, sem cálculo atuarial e avaliações estatísticas. Em suma, é o famoso “barato que sai caro”. O preço é o atrativo, mas o risco de ficar com o prejuízo é enorme. Além disso, na maioria dos casos, a quantidade de coberturas, garantias e serviços prestados é muito menor.

Quais são as tendências para o setor de seguro de automóvel? Podemos esperar projeções otimistas?
O setor de seguros tem sido afetado principalmente pelos avanços tecnológicos. O uso de equipamentos com inteligência artificial para auxiliar na precificação já é realidade nas seguradoras e se tornará trivial dentro em breve, o que é bom para todos. A tendência é que esses avanços incentivem boas práticas de direção por parte dos motoristas, reduzindo o número de acidentes.

A digitalização permanente dos processos internos das seguradoras permite grande agilidade na solicitação dos serviços contratados com a utilização, por exemplo, de aplicativos, inclusive, por meio de celular. A aplicação dessa tecnologia impacta positivamente o setor de seguros e tende a evoluir cada vez mais, agilizando os processos e tornando a venda de seguros mais fácil.

Outra perspectiva de mudança é o surgimento de outros nichos de mercado do seguro de automóvel em decorrência dos novos hábitos do consumidor: utilização de carros de aluguel, serviços de transporte por aplicativo, carros autônomos, etc.

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