O seguro residencial ainda tem bastante espaço de crescimento no país, já que, de quase 70 milhões de residências, apenas 10 milhões possuem a cobertura. É o que conta o superintendente de Produtos & UW Massificados da HDI Seguros, Jefferson Silvestrin, em bate-papo sobre o cenário e perspectivas, principalmente considerando os efeitos da pandemia de Covid-19 na disseminação da cultura do seguro entre a população.  

 Qual é o alcance atual do seguro residencial no país?  

 No Brasil temos aproximadamente 70 milhões de residências. Destas, 10 milhões tem um seguro residencial, ou seja, apenas uma parcela pequena da população está de fato protegida. A boa notícia é que ano a ano percebemos uma evolução neste segmento tão importante para a nossa sociedade, pois não estamos falando apenas de um bem e sim de um lar, lugar onde convivemos com nossa família, amigos e vizinhos.  

 Como está a procura por esse tipo de seguro?  

 Nos últimos 10 anos estamos crescendo em média 13% ao ano em prêmios emitidos. Tal crescimento está relacionado com as necessidades e nível de conhecimento que a população tem sobre seguros. Ano a ano a indústria do seguro tem conquistado mais espaço nas mídias ajudando a difundir esta cultura. Mas só isso não basta, o principal fator é suprir ou satisfazer uma necessidade e assim motivar a pessoa em buscar a proteção securitária, ou seja, a motivação é a convergência da vontade com a ação. 

 E qual a previsão para 2020? Como a pandemia afeta nisso? 

 O ano de 2020 tem nos proporcionado experiências nunca antes vividas, seja com isolamento social devido a pandemia do Covid-19 ou com catástrofes naturais como o ciclone bomba. Tais eventos são motivadores para as pessoas buscarem proteção contra Vendaval, Incêndio, Alagamentos, etc., que até então sempre foram eventos distantes. As famílias estão permanecendo mais tempo dentro de casa, e com isso estão despertando para necessidades imediatas, como uma limpeza de caixa d´água, revisão da instalação elétrica, limpeza de calhas, desentupimento de canos, entre outros. 

 Temos expectativas que 2020 não será um ano de crescimento no mesmo patamar dos anos anteriores, já que o poder de compra das famílias está menor, no entanto haverá uma retomada gradual a partir de 2021 alcançando índices maiores de crescimento, ratificando o desenvolvimento de um senso maior de necessidade de proteção do patrimônio.